terça-feira, 23 de agosto de 2011

Santa Causa


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Todos os dias passa na TV uma propaganda chorosa pedindo doações em dinheiro para a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, a campanha leva o mesmo nome do título deste post.
Curioso é que, ao passar em frente a entrada principal depara-se com a imagem acima, onde uma placa avisa que a troca do telhado levará dos cofrinhos dos contribuintes quase um milhão de reais.
Será que fui eu quem perdeu a noção do valor do dinheiro?
Fiz umas contas aqui e descobri que levaria décadas para juntar esse dinheirinho sacrificado trabalhando.
De duas uma: ou sou eu que ganho pouco ou tem gente facilitando a vida das empreiteiras...
Seria bom o Ministério Público dar uma olhadinha no caso...
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Em homenagem ao imbróglio, Dr Silvana.
Tomara que a mãe não precise de internação depois da queda...

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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Artista recria editoriais de moda com mulheres comuns



19/08/2011 - 08h00
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MARINA GURGEL
DE SÃO PAULO

Uma mulher se deita em um canteiro de flores com braços e pernas contorcidos e uma expressão fácil e estranha.

Cena como essa são comuns em editoriais de moda, mas não fazem nenhum sentido na vida real. Cansada de não se identificar com as revistas femininas, a artista Yolanda Dominguez, 34, resolveu criar a série "Poses". Nela, mulheres normais imitam as poses non-sense das modelos, para mostrar que não há identificação das mulheres com os editoriais de moda.

"Tente olhar para uma revista feminina como se você fosse um alien que não sabe nada sobre mulheres. Como você definiria as mulheres que aparecem lá? Absurdas, artificiais. Eu tentei expressar a forma como muitas mulheres se sentem ao ver revistas: a gente não se identifica com esse tipo de mulher, nós somos muito mais que isso. Eu usei 'Poses' para mostrar o quão absurdo aquilo é", disse Dominguez.

Para o cômico trabalho de sair às ruas brincando de estátua, a artista recrutou atrizes de todas as idades, "para mostrar que as mulheres, de no máximo 23 anos e 54 quilos, representam apenas 5% da população e nem isso, já que elas são retocadas por Photoshop".

Durante o experimento, as pessoas que viram as atrizes de Dominguez achavam que tratava-se de loucas ou doentes.

"As pessoas se importaram com as mulheres e pensaram que algo errado estava acontecendo. Muitas tentavam ajudá-las, outras se afastavam, riam ou faziam cara de interrogação. O meu preferido foi uma menina no McDonalds, que disse que aquilo era muito assustador e alertou as mesas vizinhas para chamarem uma ambulância caso acontecesse de novo."

Para Dominguez as poses realmente glamurosas são qualquer uma que "exalte a mulher em seu jeito, sua personalidade... Não há necessidade de se torcer e retorcer ou fazê-las parecer mortas ou doentes."

Segundo ela, o mesmo não acontece com os homens que não fazem papel de ridículo.

"Enquanto que nas fotos as mulheres parecem mortas e malucas, por que os homens não fazem essas poses? Eles estão sempre endireitados, saudáveis e bem-sucedidos. Talvez seja porque os fotógrafos são homens? Isso é algo para se pensar."


Fonte: Folha UOL


P.S. Não consegui postar o vídeo que acompanha a matéria.
Vale a pena assistí-lo, é bem interessante a reação das pessoas, especialmente ao final.
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domingo, 7 de agosto de 2011

Devagar com o andor

Recebi este texto e compartilho.
A preguiça me impede de comentá-lo mais profundamente.
Concordo totalmente com Ivana Bentes em relação a teoria do 'caminho do meio',
afinal, que seria da ciência se não fossem os pesquisadores brazucas que sem grana, sempre sob pressão e sem as mínimas condições ainda produzem mais, melhor, com baixo custo, mais rápido, com mais eficiência, etc, etc?
A verdade é que esse caminho pra nós não é novidade, mas condição.
Para ter acesso a vários links embutidos nesse texto acesse diretamente a fonte, ao final do texto.

Bernardo Esteves




O movimento slow science, que defende a pesquisa feita com tempo para pensar e digerir os resultados, sem afobação e longe da pressão para publicar a qualquer preço, voltou a agitar a internet na última semana. A iniciativa foi tema de textos provocadores e ganhou, na França, uma petição on-line que já levantou cerca de mil adesões.

O manifesto Slow Science – ‘ciência lenta’, em tradução literal – foi publicado on-line em 2010 por um grupo de pesquisadores alemães, inspirado em iniciativas similares surgidas em outros domínios. A mais notória delas é a slow food, que prega a fruição demorada de alimentos preparados com esmero, com ingredientes orgânicos e produzidos localmente, em contraponto às refeições ligeiras e produzidas em escala e ritmo industrial nas grandes cadeias de lanchonetes.

Aplicada à ciência, essa filosofia se traduz essencialmente em fazer pesquisa com tempo para pensar, experimentar e quebrar a cara, se for o caso. Tudo num ritmo bem distante da rotina frenética de publicação na internet. “Somos cientistas”, diz o início do manifesto. “Não blogamos. Não tuitamos. Tomamos nosso tempo.” Apesar dessa recusa das redes sociais, o movimento admite que os blogs e todo o aparato de comunicação da ciência fazem parte do jogo e até criou uma página no Facebook. Diz o manifesto:

“Precisamos de tempo para pensar. Precisamos de tempo para digerir. Precisamos de tempo para discordar uns dos outros, especialmente ao promover o diálogo perdido entre as humanidades e as ciências naturais. Não podemos afirmar de forma contínua o que quer dizer ou para que servirá a nossa ciência, simplesmente porque ainda não sabemos. A ciência precisa de tempo.”

A valorização da produtividade dos pesquisadores medida pelo número de artigos que eles publicam (tema já discutido no blog) é um dos principais focos de crítica da slow science. É preciso privilegiar a qualidade em relação à quantidade, como defende a carta de intenções da versão francesa do movimento, que ganhou página própria no fim de julho.

O manifesto ganhou visibilidade esta semana depois que foi citado pelo jornalista John Horgan, titular de um blog da Scientific American que trata novidades da ciência de forma mordaz. “Parte de mim quer aplaudir os apelos pela desaceleração da ciência”, disse ele no post dedicado ao manifesto. “Afinal, muitas – se não a maioria – das afirmações da ciência acabam se mostrando erradas.”

Ao fim do texto, ele revelou, irônico, por que está com um pé atrás em relação à slow science: “Temo que, se de fato os cientistas desacelerarem e começarem a publicar apenas dados de alta qualidade e teorias que passaram por duas ou três checagens, não terei mais nada sobre o que escrever.”

O post de Horgan motivou uma reflexão instigante de Rebecca Rosen, editora associada da revista The Atlantic. Talvez não se trate apenas de um problema de tempo, segundo sua análise. De nada adianta desacelerar a ciência se não forem corrigidos os problemas que existem nos modelos de financiamento, avaliação e divulgação das pesquisas. “Essas razões são sistêmicas”, disse ela, “e um cientista que seguir os conselhos do manifesto corre o risco de frear apenas a sua própria carreira, sem modificar as causas subjacentes”.

A solução talvez esteja num caminho do meio, como sugeriu a pesquisadora Ivana Bentes, diretora da Escola da Comunicação da UFRJ. “Slow e fast têm diferentes encantos”, disse ela, ao comentar o tema no Facebook. Ela apontou a necessidade de uma contraproposta para o manifesto e deu uma sugestão: “o negócio é criar um ambiente de Estudos Avançados do Tempo Distendido e do Tempo Comprimido”.

Diferentes disciplinas, acrescentou Ivana, exigem diferentes tempos de pesquisa, e a intervenção no presente não pode ser deixada de lado. “A falta de ‘urgência’ e a ideia de uma produção de conhecimento ‘a longo prazo’, sem intervenção e preocupação política, me parecem uma demissão em relação ao presente”, afirmou ela numa mensagem eletrônica. “O que enfatizo e defendo é, ao lado dos diferentes tempos e da slow science, o ‘teoriativismo’ para não cairmos no tédio e indiferença da erudição.”

(foto: William Warby – CC 2.0 BY)
Fonte do texto: Revista Piauí .
Por falar em 'condição', fica o recadinho do Lulu...

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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Procuro Livro


Se alguém tiver um exemplar deste livro e quiser revender ou doar, agradeceria muito, pois o mesmo se encontra esgotado e inexistente em estoque de sites de livros usados.
Grata
Dados do livro: Manual de História Oral,
autor: José Carlos Sebe Bom Meihy,
editora: Loyola
edição:5ª
ISBN: 851501324X / 9788515013241