terça-feira, 14 de junho de 2011

'Os assassinos estão livres, nós não estamos'

Jogador medíocre da década de 90
que ficou conhecido mundiamente pelas entradas maldosas que praticava,
inclusive contra os próprios colegas,
o Animal foi condenado de-zes-seis (pasmem!) anos depois,
pela morte de TRÊS pessoas num acidente no Rio de Janeiro.
Isto depois de acumular duzentos e dezenove pontos
na carteira em tres anos, finalmente suspensa.
É o que eu sempre digo, desde os tempos do antigo blog,
o jeito mais eficaz de se matar alguém no Brasil, é no trânsito.
Você sempre vai poder alegar que não tinha intensão de matar e blá, blá, blá...,
e como pena, vai pagar umas duas cestas básicas por mês,
brincar com criancinhas num abrigo público ou coisa do gênero e só.
Isso se o crime chegar a ser investigado
e o caso for parar num tribunal, tem mais essa.
Duvidam?
Olha o que aconteceu aqui no Mato Grosso,
só um dos 37 mil casos anuais brasileiros e, que ao que tudo indica,
não terá chegará a uma solução.
Você jamais irá para a cadeia, jamais.
Crimes de trânsito no Brasil hoje, são de uma invisibilidade avassaladora.
SE - SE - o Animal chegar a ser preso,

podem ter certeza que sairá do xilindró rapidinho e com toda a anuência da justiça.
Falta muito ao Brasil para ser um país decente,

ter leis e um sistema judiciário
que realmente confiram dignidade e cidadania ao seu povo.
Ainda somos um 'paiszinho' mais ou menos, infelizmente.
Errado não é o Animal que faz besteira no trânsito,
que sabe que está bêbado e ainda assim assume o risco de matar ou morrer
na posse do volante, que é um desequilibrado
e representa alta periculosidade para a sociedade, apesar de ter status de celebridade.
Errado não é o advogado sem ética, que consegue adiar indefinidamente o julgamento do caso, levando-o à prescrição.
Errada é a (in)justiça brasileira: cega, surda, muda, ineficiente e ultrapassada.
Errados somos nós cidadãos de mentirinha,
que sustentamos um sistema estruturado apenas para penalizar as vítimas e deixar bandidos à solta
e ainda não conseguimos nos mobilizar de maneira competente
para mudar este estado de coisas...
Até quando?
.
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